quinta-feira, 24 de março de 2011

Cigana - Carole Mortimer

Título Orginal:
Gipsy
Copyright © 1985 by Carole Mortimer

Protagonistas: 
Lyon Falconer e Faye Flanagan

Sinopse:

Faye... Fada, feiticeira de cabelos negros, cigana livre e indomável! 
Nos olhos violeta uma forte sensualidade, uma ânsia louca de amar e ser amada. Lyon Falconer não resistiu a atração que o impelia para ela com a violência de um furacão. E entre eles nasceu uma paixão arrebatadora, sem limites e sem doçura, que ao terminar deixou rastros de ódio, ressentimento e amargura. Faye escapou de seu domínio de homem arrogante e sensual e caiu nos braços ternos e protetores de outro Falconer: Richard. Agora o jovem Richard estava morto e nada impedia Lyon de subjugar de novo a mulher que o irmão roubara de sua vida...


Resenha:

Ah! Esse foi o primeiro livrinho de romance que li na vida! E eu tinha uns 12 anos.. hahahaha.. precoce, né? Gente! Eu amei! De verdade! Mas esse romance me causa controvérsias.. Eu achei esse livro aqui em casa, por acaso e na primeira vez que li, eu odiei o Lyon Falconer.. Juro! Nossa! Eu tinha pavor de imaginar que a Faye ia ficar com ele no final.. hahaha.. Eu queria era que o Ricky ressuscitasse!  Na parte em que ele se muda para casa da Faye, eu queria entrar no livro e expulsar ele de lá, eu mesma! Depois que li, emprestei o livro para uma amiga que amou o Lyon.. Fiquei me achando problemática, ou então, a problemática era ela! Não entendia como ela podia gostar dele. Mas, uns tempos depois, anos, talvez, não sei ao certo, voltei a ler o livro e me apaixonei pelo Lyon.. Comecei a vê-lo com outros olhos. A dedicação dele para com a Faye e a química entre dois. E passei a enxergar as coisas de outra maneira. Talvez, meu problema anterior com ele, tenha algo a ver com a minha idade e tals.. O que posso dizer, hoje em dia,  é que é um livro intenso, hot³³³ e eletrizante. Já reli tantas vezes, que ele simplesmente se desintegrou! As páginas caíram e hj, eu não tenho mais o meu livrinho. Vamos a história.

Aos 18 anos, Faye vai trabalhar na empresa da família Falconer e se apaixona por Lyon Falconer, o presidente. Ela, muito linda, com seus cabelos negros e olhos cor de violeta, também o encanta. Numa festa, os dois se aproximam e acabam por iniciar um romance. Detalhe: Lyon é casado. Ele tem um casamento aberto e leva suas amantes para a mansão da família, assim como sua esposa, também leva seus amantes. ( Aos 12 anos, fiquei escandalizada com essa informação.. rs.. e até hj, acho esquisito) Faye era uma delas, e costumava passar fins de semana em Falconer House (juro que me assustei qnd vi que a casa tinha nome, até então, não sabia que isso era comum em mansões antigas). Muito apaixonada, aceita a situação, porque acredita que ele logo irá se divorciar da esposa para ficar com ela. Não sei de onde ela tira isso, já que ele nunca lhe prometeu nada. Durante essas visitas, ela conhece também, os outros três irmão de Lyon: Matthew, Neil e Ricky, que logo se apaixona por ela, mas ela só tinha olhos para Lyon. 
Algum tempo depois, Faye, se descobre grávida de Lyon e quando, sem lhe contar da gravidez, o questiona sobre o divórcio, ele deixa bem claro que nunca, jamais se divorciará de sua esposa, nem por ela, nem por ninguém. Isso destroça Faye e ela foge para algum tempo depois ser encontrada pelo jovem Ricky, que é quem a ajuda a passar por essa situação difícil e se casa com ela, levando-a para onde? Falconer House, claro! Daí, vocês imaginam, né? Faye com o marido e o ex-amante morando embaixo do mesmo teto. Ela não suporta a pressão e pede a Ricky que ele se mudem. Eles saem não só de Falconer House, como da Inglaterra e vão iniciar uma vida nos EUA.  Vivem felizes, até que uma tragédia acontece. Ricky morre em um acidente de avião, deixando Faye viúva e outra vez disponível para Lyon... E é aí, minha gente, que o livro começa! Fora o romance principal, há os atentados que os membros da família Falconer sofrem e o segredo, a respeito da gravidez de Faye. Uma coisa que posso dizer é que parado ou arrastado, esse livro não é. Ah! Faye se torna escritora de romances! Créditos ao cubo para Matthew, uns dos irmãos de Lyon, que é paralítico e que é de um senso de humor e sarcasmos notórios. Alguns dos melhores comentários do livro são feitos por ele. É ele, com sua ironia que começa a mostrar para Faye um outro lado do Lyon. Gosto muito dele.

Pontos Altos:

— Não é uma das surpresas do destino eu ter me tornado uma escritora de sucesso? Aos vinte e um anos, descobri um talento oculto. Cada livro meu acaba se tornando um dos mais vendidos!
— E cada vez você ganha mais dinheiro, não é?
— Sim, embora eu considere esse aspecto de menor importância. Prefiro o olhar de surpresa no rosto de desconhecidos que, de repente, me reconhecem e pedem um autógrafo da escritora Faye Flanagan! Espero que você se sinta agradecido pelo fato de eu não ter usado meu sobrenome de casada numa carreira de tal modo insignificante para sua nobre família… Ricky me afirmou que, se eu o tivesse usado, seu avô Jonas iria se virar de raiva no túmulo.
— Se levarmos em conta que meu pai, seu único filho, era ilegítimo, não creio que o avô Jonas tenha moral para qualquer crítica… O que eu gostaria de saber é o que acontece na página cento e vinte e três…
Falar sobre esse assunto estava bem longe da determinação de Faye em não entrar por caminhos que levassem a recordações de momentos íntimos partilhados pelos dois no passado. Com um ar indiferente, ela tentou desviar o assunto embaraçoso.
— Mandarei uma cópia para você, Lyon.
— Preferia ouvi-la dizer do que se trata, Faye.
— Não costumo discutir meus livros com ninguém, a não ser com meu editor. Sinto muito!
— Mas se eu estou em um deles…
— Não foi isso que eu disse. A página cento e vinte e três é uma descrição clara e explícita de uma cena de sexo, e tivemos muitas semelhantes…
— Por que não usou suas experiências com Ricky como fonte de inspiração? . ­
— Eu disse uma cena de sexo, Lyon, não de amor! Um homem e uma mulher cuja única ligação era a atração física. Agora, se me der licença, vou descansar no quarto — concluiu Faye, levantando-se.
Entretanto, mal pôde afastar-se da cadeira, pois Lyon segurou-a pelo pulso, impedindo-a de continuar.
Sem perder a serenidade, ela o encarou com um desprezo profundo.
— Por favor, não crie problemas, Lyon.
— E se eu quiser criá-los?
— Não posso acreditar que já tenha se esquecido do meu lado irlandês… É muito temperamental!
Lyon tocou a pequena cicatriz em sua própria testa, recordando aquela noite dramática.
— Nunca me esqueceria…

***

— Então por que ela está assim… tão descontrolada?
— E não tem o direito de ficar com raiva de todos? A família Falconer já substituiu Ricky. E, para Faye, a parte mais odiosa da família sou eu.
— Não vejo que outra medida você poderia ter tomado. Faye vai ter que entender, assim que ficar mais calma, a complexidade de um império como o nosso. Os escritórios dos Estados Unido não podiam ficar sem um presidente. Alguém teria que ocupar o lugar de Ricky!
— Alguém… não um outro Falconer.
— Você se refere a nós como se fôssemos uma doença contagiosa.
— Para Faye, não passamos disso… uma doença! Todos menos Ricky, é claro! — concluiu Lyon, amargo.
Será que algum dia conseguiria não sofrer por saber que Faye o considerava a mais desprezível criatura na face da Terra? Esse sentimento de repugnância estava presente em cada gesto, palavra ou olhar dirigido a ele e não havia nada que pudesse fazer para se mostrar sob um ângulo diferente diante dela. Ricky estava morto e, mesmo não sendo tão ligado a ele quanto a Matt, Lyon o amava como o caçula, o garotinho cheio de vida que, no entanto, fora a causa da morte de sua mãe. Mas nada o preocupava agora a não ser Faye! Só conseguia pensar que ela já não estava mais presa a ninguém…
Era preciso ter uma mente doentia ou estar muito bêbado para admitir esses sentimentos. Se estivesse lúcido, jamais o faria! Um homem estava morto — seu próprio irmão — e só pensava em possuir a mulher sensual que ele deixara viúva!
— Lyon?
— Droga, Matt! Ela está ainda mais bonita e…
— Sim.
— Eu, esperava que não me atraísse mais, que tivesse engordado ou virado uma bruxa!
— Faye sempre será bonita, não importa a idade. Ela é como um puro-sangue: linhas puras, sem excessos de curvas, ossatura perfeita e seus cabelos são tão brilhantes como o pêlo dos cavalos árabes. Céus! Só mesmo ela para despertar em mim um lirismo tão patético! Será que temos algumas gotas de sangue irlandês na família, mano?
— Faye provoca sentimentos estranhos nos homens…
— E quais emoções ela desperta em você, mano?
— Não é da sua conta! — resmungou Lyon, ainda incapaz de admitir a tortura que aquela presença sedutora, tão próxima dele, lhe provocava. Não pensava em nada além do desejo de tocá-la para comprovar se a figura esguia e sensual ao seu lado não era apenas um sonho. Bastava, porém, ver o desprezo contido nos magníficos olhos cor-de-violeta, faiscantes de raiva, para saber que estava diante da realidade.
— É… eu achei que estava me intrometendo demais na sua intimidade… Só não deixe transparecer com tanta facilidade as suas emoções ou ninguém precisará perguntar o que sente por ela. Basta olhá-lo!

***

— Seu presente, Faye.
— Precisa me assustar? Veio na ponta dos pés ou…
— Não fiz nada errado… deve ser sua consciência culpada…
— Eu não me sinto culpada por nada!
— Ótimo! Então abra o seu presente.
— Bem… e aqui está o seu, Lyon — replicou Faye entregando-lhe o pacote de papel pardo, sentindo-se como se os dois estivessem isolados do resto do mundo.
Os outros três homens discutiam acaloradamente sobre os méritos de uma pista redonda ou oval.
Se ela soubesse como iriam se divertir com o trem teria lhes dado um de presente. Ao menos, não ficariam discutindo como crianças!
Com um olhar enigmático, Lyon a fitou sem sorrir.
— Abra primeiro, Faye. Tenho a impressão que se eu o fizer antes de você, nós não estaremos em condições de esperar, como duas pessoas civilizadas, até que você veja o seu!
Faye enrubesceu diante da percepção aguçada de Lyon e abriu o pacote luxuoso, tremendo ao ver o nome de uma famosa joalheria londrina: The Platinum Shop. Ele lhe dera algumas jóias dessa caríssima e exclusiva loja no passado e Ricky também a presenteara com peças da mesma procedência, mimando-a de maneira extravagante. Se havia algo que ela não precisava era de mais jóias!
— Não é o que você está imaginando — insistiu Lyon ao perceber o olhar desinteressado de Faye.
Ao abrir o pacote, ela prendeu a respiração diante da beleza do presente. Era um magnífico colar de platina, de onde pendia um livro, com um brilhante em forma de estrela enfeitando a capa.
Faye estava esperando encontrar uma das peças bonitas, mas habituais dessa loja, não um modelo feito sob medida e por encomenda.
— Se quiser abrir o livro… há uma dedicatória.
Embaraçada, Faye abriu-o e encontrou: "À minha talentosa mulher" e, logo abaixo, a assinatura de Lyon. Era, sem dúvida, o mais belo e significativo presente que jamais recebera!
— Queria demonstrar o quanto me orgulho do seu talento literário, Faye.

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Um comentário:

thaila oliveira disse...

sem querer ofender esse livrinho tem uma carinha de velho!!! É de quando a Carole escrevia pra nova Cultural O.O mais eu gostei e to procurando ele no sebo a mais de ano

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